13/06/2011

Os 10 mandamentos do socorrista




1. Mantenha a calma. 
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: você é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos importante, a vítima. Isso parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas. 
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospitalar de imediato ao chegar ao local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 112.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente. 
5. Mantenha sempre o bom senso. 
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos. 
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar ajudá-lo-ão e sentir-se-ão mais úteis. 
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa). 
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam sangrando muito. 
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento).




MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS
Os Primeiros Socorros constituem-se no primeiro atendimento prestado à vítima em situações de acidentes ou mal-súbito, por um socorrista, no local do acidente.Lembre-se, a função do socorrista é:
  • Manter a vítima viva até a chegada do socorro
  • Evitar causar o chamado 2º trauma, isto é, não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes.
Os primeiros minutos que se sucedem a todo acidente, principalmente nos casos mais graves, são importantíssimos para a garantia de vida da vítima, principalmente se forem bem aproveitados pelo Socorrista.
As chances de sobrevivência diminuem drasticamente para as vítimas de trauma que não recebem cuidados médicos especiais dentro de uma hora após o acidente.
Se o acidentado tiver a sorte de ter um Socorrista por perto, que possa prestar-lhe os Primeiros Socorros, aumentam as suas chances de recuperação.
Da parte de quem presta o auxílio, há uma verdadeira corrida contra o tempo, onde os seus conhecimentos técnicos (de primeiros socorros) têm de ser praticados com Rapidez e Eficiência.O autocontrole é fundamental porque, sem ele, atitudes irresponsáveis podem por em risco a vida do paciente e a sua própria.

Quando devemos prestar socorro?

Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria.

Quais são as primeiras atitudes?

Geralmente os acidentes são formados de vários fatores e é comum quem os presencia, ou quem chega ao acidente logo que este aconteceu, deparar com cenas de sofrimento, nervosismo, pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exigem providências imediatas.
Quando não estivermos sozinhos, devemos pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre se deixando liderar pela pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência.
Se essa pessoa de maior experiência e conhecimento for você, solicite a ajuda das demais pessoas, com calma e firmeza, demonstrando a cada uma o que deve ser feito, de forma rápida e precisa.
Apesar da gravidade da situação devemos agir com calma, evitando o pânico.
  • Transmita confiança, tranqüilidade, alívio e segurança aos acidentados que estiverem conscientes, informando que o auxílio já está a caminho.
  • Aja rapidamente, porém dentro dos seus limites.
  • Use os conhecimentos básicos de primeiros socorros.
  • Às vezes, é preciso saber improvisar.



Situações vitais
Que fazer em caso de acidente
• Dominar rapidamente a situação e prevenir perigos mortais.
• Afastar os feridos dos locais onde estes possam correr perigo (ex. estradas, fogo).
Quando não fôr estritamente necessário nunca se deverá mover um ferido!
• Em caso de acidente de viação deve-se colocar o triângulo de sinalização num local bem visível e usar o colete de sinalização.
• Caso haja necessidade de chamar uma ambulãncia deverá mandar-se um terceiro. Nunca se deve deixar um ferido sózinho.
• Devem verificar-se o tipo e importância das lesões, controlar o pulso e a respiração do ferido.
• Os feridos graves deverão ser cuidados de acordo os princípios explicados em baixo.
A - Paragem respiratória - desobstruir vias respiratórias, praticar respiração artificial.
B - Hemorragias - colocar o ferido numa posição correcta; aplicar atadura que impeça a hemorragia.
C - Estado de choque - tomar medidas preventivas: alívio da dor; repouso; protecção do frio.


Na prestação dos Primeiros Socorros, convém Observar:
1 - Local: seguro ou perigoso? perto ou longe do Posto Médico ou Hospital? há necessidade e meios de remover dali o acidentado?
2 - Acidentado: está consciente? e tentando dizer-lhe algo ou apontando para alguma parte do seu (dele) corpo? está sozinho? (se há vários corpos, pode-se suspeitar, por exemplo, de envenenamento por Monóxido de Carbono).
3 - Curiosos: escute o que dizem. Peça ajuda. Afaste os que estiverem só atrapalhando.
4 - Agente causador: caiu algo sobre o paciente? há fumaça? está próximo de um trator tombado?
5 - Ferimentos: o acidentado está caido numa posição anormal (com o braço torto, por ex.)? há sangue?
6 - Sintomas: o Socorrista deve apurar os seus sentidos, de modo a poder ver, ouvir e cheirar, à procura de sintomas. O vômito, por exemplo, é indicativo de algumas lesões específicas; urinar sangue é sinal de fratura de bacia; etc. Observar se o acidentado apresenta sintomas como: náusea, sede, fraqueza, inquietação, medo, etc. Esses sintomas serão muito úteis ao serem passados, posteriormente, ao Médico que atender o acidentado.
Verificar:
Pele: fria, viscosa, quente
Olhos: embaçados, pupilas dilatadas
Face: pálida, rubra
Lábios: azuis, descolorados
Pulso: rápido, fraco
Respiração: ofegante, quase inexistente, outras.
Quanto ao nível de consciência da Vítima, devemos verificar:
A = alerta (acordado)
F = fala
D = dor
I = inconsciente (não responde)
2 - Entrevista:
Se no local do acidente, estiverem outras pessoas (além do acidentado e do Socorrista), é importante que se obtenha(m) dela(s) as informações e a ajuda de que necessita, para o melhor atendimento da vítima.
As informações a serem obtidas pelo Socorrista nesta "entrevista" rápida, podem estar relacionadas a:
  • causas e hora do acidente
  • conhecimento ou parentesco da vítima
  • indicação de antídodos e endereços úteis
  • idade, hábitos, doenças e remédios usados pelo acidentado
  • conhecimento prévio de Primeiros Socorros
3 - Sinais Vitais: Ver / Ouvir / Sentir
Respiração: Geralmente usa-se o dorso da mão para senti-la.Pulso: No Carotídeo ou Radial (adultos e crianças).PA: Precisa-se de instrumental específico. Temperatura: Precisa-se de instrumental específico.
Sinais vitais são indicativos do funcionamento normal do organismo e diz respeito a:
3.1 - Pulso3.2 - Respiração3.3 - Pressão arterial3.4 - Temperatura corporal3.5 - Nível de consciência3.6 - Dilatação das pupilas3.7 - Cor da pele.
3.1 - Pulso:
O que se chama comumente de "pulso" está associado às pulsações ou às batidas do coração, impulsionando o sangue pelas artérias, e que podem ser sentidas ao posicionarmos as pontas dos dedos em locais estratégicos do corpo. As pulsações devem ser contadas durante 60 segundos, para se determinar o número de batidas por minuto. Ou, como mostra o texto da figura acima, contam-se os batimentos durante 15 segundos e multiplica-se por 4.
A interpretação deste resultado, nos adultos, é mostrada na tabela a seguir:




BATIMENTOS CARDÍACOS EM ADULTOS (Bat. /min)
NÚMERO
INTERPRETAÇÃO
60 a 80
Normal
< 60
Lento (bradicardia)
>= 100
Rápido (taquicardia)
100 - 150
Emergência (acidentado)
> 150
Procurar Médico rápido

Como regra geral, sempre que os batimentos cardíacos forem menores que 50 ou maiores que 120 por minuto, algo seriamente errado está acontecendo com o paciente.
É possível que haja a necessidade de se proceder à massagem cárdio- respiratória e à respiração boca-a-boca.
3.2 – Respiração:
A respiração, na prática, é o conjunto de 2 movimentos normais dos pulmões e músculos do peito:1 - inspiração (entrada de ar pela boca/nariz); e2 - expiração (saída de ar, pelas mesmas vias respiratórias).
Nota-se a respiração pelo arfar (movimento de sobe e desce do peito) ritmado do indivíduo.
A respiração normal e alterada, é mostrada na tabela abaixo:




RESPIRAÇÃO EM ADULTOS (No./min)
NÚMERO
INTERPRETAÇÃO
12 -20
Normal
<10 >28
Séria emergência

3.3 - Pressão Arterial:
A pressão arterial é a força com que o coração bombeia o sangue para as artérias. É medida por meio do Aparelho de Pressão (almofada inflável, com manômetro, em volta do braço), em unidades de milímetros de mercúrio.
A pressão arterial é dada por 2 números: 12 por 8 é a normal (ou 120 mmHg máxima ou sistólica e 80 mmHg mínima ou diastólica ).
Problemas muito sérios podem acontecer se a pressão atinge os valores da tabela abaixo:




PRESSÃO ARTERIAL ANORMAL (mmHg)
MÁXIMA
MÍNIMA
> 180
> 104
< 90
< 60

3.4 – Temperatura Corporal:
A temperatura corporal é medida em termômetros (de mercúrio ou digitais) colocados, durante alguns minutos, com a extremidade que contem o bulbo (no primeiro caso) nas axilas ou na boca do paciente.
A temperatura corporal normal é 36,8º C. A partir de 37,8º C já se configura a febre. A Hipertermia pode agravar na suspeita de TCE, porque aumenta o metabolismo e a PCOdeterminando aumento da Pressão Intracraneana.
A Hipotermia, alerta para o choque hipovolêmico e conseqüentemente suspeitar de sangramento interno ou externo.
3.5 – Nível de Consciência:
Alguns traumas provocados por acidentes, podem alterar o nível de consciência do indivíduo.
A verificação desse nível pode ser checada do seguinte modo:
A = Alerta. Se o acidentado estiver alerta (ou acordado), provavelmente não deve ter sido alterado o seu nível de consciência.
F = Fala. Deve-se procurar fazer perguntas ao acidentado, neste caso, para saber se sua fala foi afetada e qual o seu nível de consciência.
D = Dor. Um terceiro estágio do nível de consciência, ainda mais grave, é quando o acidentado não fala, mas geme de dor.
N = Não fala. Este é o caso extremo ou o mais perigoso. Possivelmente o paciente está desacordado (desmaiado) ou em estado de coma.
3.6 – Dilatação das Pupilas:
A dilatação das pupilas (ou da menina dos olhos) é uma reação normal do organismo à diminuição da luz incidente no globo ocular. Quando a intensidade luminosa aumenta, ela secontrai.
Alterações nesse mecanismo são provocadas por certas lesões, como por exemplo, as do crânio.
O Socorrista deve observar, inicialmente, se os diâmetros ou as aberturas das pupilas são iguais nos dois olhos. Em seguida, com uma lanterninha, verificar se elas se contraem com a incidência do foco.
3.7 – Cor da Pele:
Alterações na cor da pele, normalmente rosada nas pessoas de cor branca, podem ser usadas para diagnosticar certos tipos de acidentes. Senão vejamos:
a)Cor Vermelha: pressão alta, ataque cardíaco, álcool, queimaduras, sol excessivo, doença infecciosa, etc.
b)Cor Branca: choque, ataque cardíaco, anemia, distúrbios emocionais, desmaio, etc.
c)Cor Azul: asfixia (sufocação), hipóxia (falta de oxigênio), dispnéia, ataque cardíaco, envenenamento, etc.
d)Cor Amarela: doença do fígado.
e)Cor Preta e Azul: derramamento de sangue abaixo da superfície da pele.
4 – Exame da Cabeça-aos-Pés:
Uma vez verificados os sinais vitais, o Socorrista deve proceder a um exame minucioso do acidentado, literalmente da cabeça aos pés. Neste exame:
4.1 - OLHE: para possíveis descolorações da pele, deformidades, penetrações, ferimentos, aberturas no pescoço e qualquer movimento anormal do tórax.
4.2 - OUÇA: mudanças no ritmo da respiração, sons estranhos ao respirar e ruídos de ossos quebrados.
4.3 - CHEIRE: odores estranhos vindos do corpo do paciente, hálito e roupas.
4.4 - SINTA: as deformações, flacidez, pulsações, endurecimentos ou maciez anormais, espasmos e temperatura da pele.
Alterações:
Vários são os tipos de ferimentos com os quais você poderá se deparar num acidente ou situação de emergência. Sabendo dos passos a serem seguidos (avaliação da vítima) será mais fácil prestar um adequado socorro e evitar complicações ou pioras do quadro.

Na maioria das situações, excepto nos casos de suspeita de fractura da coluna vertebral ou do pescoço, deverá colocar a vítima na posição lateral de segurança (PLS).
Posição Lateral de Segurança

1 -Vire o corpo da vítima inconsciente, mas ainda a respirar, para a posição lateral de segurança, o que impedirá que sangue, saliva ou a língua obstruam as vias respiratórias.
2 -Estenda ao longo do corpo da vítima o braço que ficar mais perto de si. cruze o outro braço sobre o peito. Cruze a perna mais afastada sobre a que está mais próxima. 
3 -Ampare a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra agarre-a pela anca mais afastada. 
4 -Vire a vítima de bruços, puxando-a rapidamente para si e amparando-a com os joelhos. 
5 -Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta fique direita. Assim, as vias respiratórias manter-se-ão desimpedidas, o que permite que a vítima respire livremente.
6-Dobre o braço que fica mais próximo de si para lhe sustentar o tronco. Dobre a perna mais próxima para servir de apoio ao abdómen. Retire o outro braço de debaixo do corpo. 
Quando há fractura de um braço ou de uma perna ou por qualquer motivo esse membro não puder ser utilizado como apoio da vítima na posição lateral de segurança, coloque um cobertor enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias desimpedidas.





A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico.
FREQÜÊNCIA - crianças - 30 a 40 movimentos respiratórios/minuto
adulto - 14 a 20 movimentos respiratórios/minuto

ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO
Dispnénia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.
Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição
ereta.
Taquipnéia : respiração rápida, acima dos valores da normalidade, freqüentemente pouco profunda.
Bradipnéia : respiração lenta, abaixo da normalidade.
Apnéia: ausência da respiração
MATERIAL
Relógio com ponteiro de segundos
Papel e caneta para anotações

TÉCNICA
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao exame
Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos
Contagem pelo período de 1 minuto
Lavar as mãos no término

Generalidades sobre primeiros socorros

Os primeiros socorros consistem em alguns procedimentos, os quais limitam os estragos dos tecidos. Estragos esses, tanto devido a acidentes como a doenças. Através de primeiros socorros, tenta-se que as condições normais das células se mantenham, por forma a evitar-se uma maior danificação dos tecidos.
A danificação de tecidos pode ocorrer localmente, por exemplo, uma queimadura na pele ou um braço partido. Ou pode ser geral, por exemplo, uma queimadura muito extensa ou um grave ataque de asma. Uma pequena danificação de tecidos pode cicatrizar ou deixar uma pequena marca, enquanto que uma grande extensão de tecidos danificados poderá conduzir à morte. Uma paragem cardíaca é um exemplo de uma situação em que tecidos muito importantes, nomeadamente os tecidos do cérebro, são destruídos em poucos minutos, a não ser que sejam prestados de imediato e correctamente os primeiros socorros.

Nos primeiros socorros devem-se assegurar duas coisas:

1. Prevenir mais lesões
2. Assegurar que sangue oxigenado circule com a pressão normal.


Primeiros Socorros - Paragem cardíaca

Obtenha uma ideia geral do estado de consciência, respiração e circulação sanguínea.


Consciência

A consciência pode encontrar-se em quatro estados:
  1. O primeiro é o normal, em que o paciente está totalmente acordado, lúcido e orientado.
  2. No segundo estado, a consciência está ligeiramente afectada, mas o paciente responde à voz.
  3. No terceiro estado, o paciente está mais confuso, mas reage à voz e/ou movimento para evitar a estimulação dolorosa, por exemplo beliscar a ponta da orelha ou dar um murro numa costela.
  4. No quarto estado, o paciente encontra-se numa inconsciência profunda e não reage a estimulações dolorosas.
 Níveis de consciência:
1. Acordado
2. Reage à voz
3. Reage à dor
4. Não tem reacção.
indice

Respiração

A respiração normal, num estado de repouso, é de 12 a 15 respirações por minuto. A frequência da respiração aumenta com o exercício físico, com perturbações emocionais ou em casos de doenças onde o corpo fica com falta de oxigénio, por exemplo com a perda de sangue, febres altas, envenenamento e doenças dos pulmões.
O nível de respiração pode ser superficial, normal ou profunda.
A respiração pode ser fácil ou difícil. Isto pode ser verificado olhando para o paciente e vendo se tem dificuldade em respirar. Se o respirar é ruidoso e os músculos do pescoço/garganta se contraem, tornando-se visíveis com a respiração, é porque a respiração é difícil.
Verifique a respiração
1. frequência
2. profundidade
3. dificuldade/facilidade
No caso do paciente se encontrar no estado de consciência dois ou três, coloque-o, se achar necessário, na posição de recuperação.
- Verifique se o paciente respira
No caso do paciente se encontrar no estado de consciência quatro, continue a verificar a respiração, colocando a sua face próxima da boca do paciente e uma mão sobre o peito. Nesta posição poderá sentir a respiração quer na sua face quer na sua mão, e ainda verificar se o peito se move.
  • Está o paciente a respirar?
Evite a passagem de vómitos para os pulmões do paciente. Se possível, coloque-o na posição de recuperação. Se a posição de recuperação não for possível, ele pode ser colocado com o ventre para baixo e com a cabeça para o lado. Verifique se a passagem de ar é mantida desobstruída.
  
- Posição de recuperação
  • O paciente não respira?
Dobre o pescoço do paciente para abrir passagem do ar. Abra a boca do paciente e verifique se existe algum corpo estranho, por exemplo um vómito, o qual deve ser retirado por sucção (ou com os seus dedos). Verifique outra vez se o paciente está a respirar.
  • Agora está a respirar?
Coloque o paciente na posição de recuperação.
-Respiração artificial boca-nariz só é utilizada em  ultimos casos em afogamentos

  • Ventilação usando uma máscara
  1. Limpe as entradas de ar: com uma mão por baixo do maxilar do paciente e a outra na testa, puxe o maxilar inferior para a frente e o pescoço para trás. Verifique se o paciente está a respirar olhando para o peito e ouvindo o nariz ou a boca.

    - Posição de desobstrução das vias respiratórias
  2. A máscara é colocada em torno da boca e nariz, com o polegar e o indicador na máscara e os outros três dedos na maxila. Dê oxigénio através do saco de ventilação.
  3. Segure o saco de ventilação com a sua coxa e dê oxigénio apertando o saco bruscamente com a sua mão livre. Verifique que o peito aumenta de volume.
  4. Dê oxigénio uma vez em cada 4 segundos, correspondendo a 15-16 vezes por minuto.


Circulação sanguínea

Uma ideia geral da circulação sanguínea pode ser obtida, medindo a frequência cardíaca e a pressão sanguínea (tensão), registando a resposta capilar, a temperatura e a cor da pele.
  • Circulação sanguínea:
1. Pulsação
2. Pressão sanguínea
3. Resposta capilar
4. Cor da pele
  • Medição da pulsação
O ritmo cardíaco, em repouso, encontra-se normalmente entre os 60 e os 80 batimentos por minuto. O ritmo cardíaco depende da idade, do sexo e das condições. O ritmo cardíaco aumenta com a actividade física, com excitações emocionais e em casos de doenças onde o corpo sente falta de oxigénio, por exemplo perda de sangue, febres elevadas, envenenamentos e doenças dos pulmões. Durante a febre, a pulsação aumenta aproximadamente de 10 a 15 batimentos por cada grau de temperatura.
A forma mais simples para retirar a pulsação é no pulso ou no pescoço. Sinta, com as pontas do dedo indicador e do médio, o ritmo cardíaco. Conte o número de batimentos durante 15 segundos e calcule o número de batimentos por minuto multiplicando por quatro.
A pulsação é encontrada no pulso da seguinte forma: vire para cima a parte de baixo do pulso por forma a que o polegar aponte para fora do corpo. A artéria encontra-se perto da base do polegar, aproximadamente 2 a 3 cm acima do pulso e cerca de 1 a 1-1/2 cm do exterior do braço.
A pulsação é encontrada no pescoço da seguinte forma: incline o pescoço do paciente para trás, na posição em que as vias respiratórias se encontram abertas, e vire um pouco o nariz para o lado, para o outro lado donde vai medir a pulsação. Deixe o seu indicador e dedo do meio deslizar da "Maçã de Adão" em direcção ao maior músculo cervical inclinado. O pulso pode ser sentido imediatamente antes do músculo cervical.
  • Pressão sanguínea
A pressão sanguínea é medida em duas pressões e em mm de mercúrio (=mg Hg): a mais alta, a pressão sistólica, é normalmente 100 + idade. A mais baixa, a pressão diastólica, é cerca de 60-80 mm Hg.
Verifique se a braçadeira está sem ar e se a válvula de borracha está completamente fechada. Vire o braço esquerdo do paciente para cima. Procure a pulsação arterial na parte de dentro do cotovelo. Mantenha os dedos nesse local. Coloque a braçadeira no braço superior cerca de 2 cm acima da dobra do cotovelo. Encha a braçadeira até deixar de sentir a pulsação.
Coloque o estetoscópio com a membrana na artéria no ponto onde sentiu a pulsação. Verifique se o braço está esticado. Lentamente, liberte o ar da braçadeira e oiça cuidadosamente. Quando ouvir a pulsação, obtém a pressão sistólica. Continue a libertação do ar e oiça cuidadosamente. Quando a pulsação desaparece, obtém a pressão diastólica.
  • Resposta Capilar
Pressione e liberte a pele, uma unha ou um lábio. Se a circulação for normal, a pele/unha/lábio ficará branca quando pressionada e cor-de-rosa quando libertada.
Se a área ficar branca, vermelha ou azul violeta é sinal que a corrente sanguínea é pobre ou parou.
  • A pele
A cor é normalmente cor-de-rosa, mas pode tornar-se branca/pálida ou azul violeta, e pode ser facilmente vista nos lábios ou unhas.
o      Branca/pálida: o sangue não chega à pele.
o      Azul violeta: o sangue encontra-se parado nos capilares e o oxigénio está a libertar-se. A temperatura da pele pode sentir-se anormalmente fria ou anormalmente quente.
o      Pele fria: o sangue está a sair da pele e a entrar em órgãos essenciais.
o      Pele quente: a pele está a receber grandes quantidades de sangue.
Tipicamente, as paragens cardíacas começam com a pessoa a cair sem vida. Em investigações feitas a pessoas sem vida, não é encontrada qualquer reacção a estimulações dolorosas, não há respiração, não há pulso, não há resposta capilar e a pele é pálida.
Mais raramente, paragens cardíacas podem aparecer de um modo diferente. Nunca há pulso, mas pode haver pequenos ataques, como convulsões e respiração difícil. Os lábios, as unhas e a pele podem tornar-se azul violeta.



Organização da ressuscitação

Vá buscar o móvel de ressuscitação com oxigénio, sacos de ventilação, máscaras, aparelhos de sucção, seringas, agulhas e ampolas de atropina e adrenalina. É aconselhável que estejam presentes 3 pessoas, as quais se possam ajudar mutuamente:
- Organização da ressuscitação  
  • Uma pessoa comanda, dá massagens cardíacas e conta em voz alta.
  • Uma outra pessoa toma conta da respiração.
  • A outra comunica com o médico, dá as drogas, toma nota da hora do início do tratamento e das drogas a ministrar.

Tratamento da Paragem Cardíaca

Quando tiver a certeza do diagnóstico, deverá começar o tratamento:
-Comece dando 5 respirações artificiais
  1. Comece dando 5 respirações artificiais e verificando se a respiração espontânea se iniciou.
    - Sinta o ponto de pressão
  2. Sinta a ponta do esterno (ponto de pressão).
    - Dar dois murros fortes
  3. Dê dois murros fortes com a parte lateral do pulso no ponto de pressão. Verifique se agora existe pulso.
    - Colocação das mãos
  4. Pressione com os seus braços esticados e verticalmente. A palma de uma mão apoia-se na metade inferior do esterno, ficando os dedos livres. A outra mão é colocada sobre a primeira.
    - Pressão das mãos no esterno inferior
  5. Pressione com força suficiente por forma a que o esterno inferior se mova para baixo cerca de 5 cm.
  6. Pressione cinco vezes. Dê então uma respiração artificial. Tenha cuidado para não se apoiar sobre o peito enquanto é dado o ar.
  7. A massagem é dada com um ritmo de 100 vezes por minuto.
  8. A pessoa que dá a massagem conta de alto:
    "1,2,3,4,5, - insuflar"
    "1,2,3,4,5, - insuflar"
     
  9. Verifique o pulso nos intervalos.
Se estiver sozinho, deverão ser dadas séries de 15 massagens e duas respirações.


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tom caet