Voltemo-nos para estas palavras:
quem deturpa a palavra de Deus não procede como cristão, pois o amor não
pratica o mal contra o próximo. Pois
a ninguém foi dado o direito de impor nada a ninguém, Jesus não deixou isso
como mandamento, tampouco não há um versículo sequer no novo testamento que
aponte para isso! Pelo contrário, Ele
ordena para que amemos seja na lei, seja na graça. Embora, muitas vezes
nos deixamos levar pelas circunstancias, pelas nossas carências e sem discernir
ficamos entre o bem e o mal.
Deus sempre vai nos colocar
diante dos Seus preceitos. Por isso empreendemos enormes esforços para
sustentar a nossa convicção. Mantê-la é uma tarefa que cabe a cada um de nós
somente. Mas quando O desobedecemos, fica mais difícil prosseguir nesta finalidade,
por causa da autossuficiência - ser melhor que os outros.
Também coloca frente à base da
constituição legal da nossa existência: o Seu amor. Logo, devemos relacionar
esse amor à definição de Justiça. Justiça essa que não pode ser tomada pela
mente humana para barbarizar com escravidão e medo em nome do amor de Deus. Pelo
contrário, Jesus disse: O meu Mandamento é este: que vos ameis como Eu vos
tenho amado. Não há maior Amor do que doar a própria Vida pelos seus amigos. E
vós sereis meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando. E Eu vos mando isto:
amai-vos como Eu vos amei. Já não mais vos chamo servos, porque o servo não
sabe o que faz o seu senhor. Mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto
aprendi com meu Pai vos tenho dado a conhecer. Não fostes vós que me
escolhestes; pelo contrário, fui Eu que vos escolhi e vos designei para que
vades e deis bons frutos, de modo que o vosso fruto permaneça, a fim de que,
tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos conceda. E isto Eu vos mando:
que vos ameis como Eu vos tenho amado. Porquanto, da mesma forma como o Pai me
ama, Eu também vos amo. “Permanecei no meu Amor.”
Para permanecer nesse amor, devemos
aprender de modo geral, a desconstruir ideais calcados somente em nosso entendimento
ou sentimento. E para formação intelectual e manter a nossa sobrevivência
frente às variadas forças hostis de conhecimento, devemos tomar decisões
corretas pra coletividade, e não individualidade.
Devemos manter também buscar estabelecer
parâmetros para compartilhar as opiniões pessoais e experiências da vida em
grupo para manter a paz. Mas em quais parâmetros? De quê e de quem?
Infelizmente, descobrir a
resposta e a solução dessas coisas leva muitos de nós à confusão, desvio ou
troca de crença. Devido à nossa tamanha falta de capacidade própria de
sustentar a fé, suportar a diferença, buscar conhecimento ou respeitar o jeito
do outro. Esse intuito por não poder ser cumprido facilmente, causa raiva, frustração,
cansaço...
Ficamos com raiva de ver a falta
de consideração, respeito, sinceridade, compaixão, solidariedade. Frustrados
pela falta de amor ao próximo daqueles que impõem a sagacidade diabólica de
quem usa fraudulentamente a Palavra de Deus para “ameaçar”, escravizar ao medo alguém.
E cansados por que ninguém é de ferro! E não aguentam mais esses caríssimos...
Mas como cristão, a nossa fé em
Deus deve estar presente tanto nas nossas decisões de questionar, evitar, como também
num contexto ruim, de suportar. Porque apesar de crermos pouco ou muito, continuamos
humanos, ficamos cansados deles e eles de nós. Tanto um quanto o outro ficaria
cansado com qualquer sistema cheio de confusões, sendo religioso ou não. Então como
cuidar dos que andam cansados, estando também cansado?
E quem está cansado de viver friamente,
sufocado pelas mensagens mecanizadas ou num insuportável sistema de farisaísmo,
fique tranquilo! Deus não tem só eles pra usar. Tem você também.
Descansa e aproveita pra rever a
sua fé. Trate de fortalecê-la! Ele vai te usar! Ou esqueceu que Deus é puro
amor e Ele e Jesus são um só e habita corporalmente entre nós para nos ensinar toda
a plenitude da Sua divindade (frutos do Espirito)?
Quando Deus deu a ordem para
ama-Lo através dos dez mandamentos, não foi pra gente se preocupar com quem se estacionou
na expressão “amarás a teu próximo como a ti mesmo” e fez dela estilo de vida.
O nosso ideal de viver bem esse
amor numa sociedade civilizada requer compromisso com o Evangelho de modo solidário,
ou seja, é pra chorar com os que choram e alegrar com os que se alegram...
Vamos compreender melhor isso:
Em primeiro lugar, no Antigo
Testamento o próprio Deus ordenou o “amar ao próximo” para o convívio gentil e respeitoso
com todos, algo que não acontece sempre, por causa das regras de sobrevivência,
sacrifícios diários, doutrinas religiosas, desobediência, enfim, legalidades...
Ainda que se trate de uma determinação de Deus, há uma interpretação expressa
no “amar a ti mesmo” narcisista (amar a si mesmo) que impossibilita o homem que
não conhece Jesus cumprir, embora que tente não tem conseguido realizar. Inclusive
o que mais temos visto é muito egoísmo, preconceito e violência por parte dele,
pois é mais fácil amar a si mesmo ou alguém que represente um ideal e seus
interesses próprios do que o semelhante necessitado, que pensa diferente e
precisa desse amor.
Em segundo lugar, com Jesus no
novo testamento, temos a nova aliança, onde Deus deseja que amemos ao próximo
como o Seu filho nos ama. Algo espiritualmente revolucionário, que derruba
todas as muralhas da escravidão, das leis, dos preconceitos, dos tabus, dos
sacrifícios, enfim porque é pela graça.
Ainda que alguns discordem disso, é na graça que entendemos o sentido da
expressão de Jesus – amai-vos como Eu vos amei - podereis ser reconhecidos como meus discípulos (ll
João, 13:35). Portanto a graça nos foi dada para podermos aprender amar como
Ele. Amar porque Ele nos ama! Se tiverem
amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos. João
13:34-35. Por exemplo:
- Quem ama como Ele nos ama, ama de
verdade, se compadece e deseja aliviar, minimizar ou finalizar o sofrimento,
miséria, seja ela qual for do próximo. E Jesus fez isto!
- Quem ama como Ele nos ama, se
aproxima, protege, conserva a pessoa pela qual sente afeição bem, feliz! E
perfeitamente Jesus fez isto inclusive por nós.
- Quem ama como Ele nos ama, renúncia,
ou seja, pensa mais nos outros do que em si mesmo. Ele fez isso na cruz.
- Quem ama como Ele nos ama é solidário,
caridoso, bondoso, abnegado, desprendido do próprio ego (eu), benfeitor,
humanitário... E Jesus é o nosso maior principal exemplo! Portanto a melhor
maneira de entendermos o que é ser cristão é observarmos a vida de JESUS, o Seu
amor.
Como podemos ver por aí, muitos
apenas conseguem amar a si mesmo, porém, Jesus que é a prova concreta do amor
de Deus, manda amar o próximo como Ele nos ama conforme uma Boa Nova descrita
em João, 13:34.
A palavra quando “ouvida”
desenvolve em nós uma forte mensagem moral (ética) espiritual que nos faz bem,
algo de que todos necessitam. Quando não ouvida nos tornam moralistas, antissocial;
escravagista, irracional e emocional...
Acontece que quando em Espírito e
Verdade adoramos Jesus e obedecemos a seus ensinos, passamos a assimilar o amai-vos
como Eu vos amei, como servos ou ministros de Deus exemplarmente. Portanto, quem é de cristo, não é cúmplice do que está
errado, e nem incorpora à sua vida seus próprios conceitos, e não segue alianças
religiosas que são cheias de regras (humanas) como sentimento de benevolência de
Deus para se dá bem. Algo definido na bíblia como uma prática religiosa, farisaísmo, ou seja, hipocrisia, frieza,
demagogia, idolatria.
Ai de vocês, mestres da lei e fariseus,
hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm
negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e
a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas. Guias de
cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo. Mateus
23.23.
Sabemos que é impossível, mas imagina se hoje Deus resolvesse desaparecer
com o Antigo Testamento? Assim mesmo nos salvaríamos? Pensa nisso!
Essa onda de fazer medo às pessoas já não cola mais! A Palavra de Deus já
está sendo lida fora do domínio das religiões, e das quatro paredes dos templos.
A fim de tornar mais claro esse raciocínio, volto a lembrar de que foi o próprio JESUS CRISTO que deu um novo mandamento:
Amai-vos como EU vos amei. Somente
assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor
uns pelos outros. Se permanecerdes em mim e as minhas palavras em vós
permanecerem, pedi o que quiserdes, e vos será concedido. A glória de meu Pai
está em que DEIS MUITO FRUTO; e
assim serão meus discípulos.
Devemos ser afetuosos, como descrito em 1 João 4:16: Portanto, dessa forma conhecemos o amor que
Deus tem por nós e confiamos plenamente nesse amor. Deus é amor, e aquele que
permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.
Devemos controlar a raiva, engolir
as ofensas e esforçar-nos em compreender que as dores e injustiças do mundo,
são exercícios pra nossa tolerância. E para que isso aconteça deve haver
autenticidade cristã na nossa fé, seja na oração, no louvor, na pregação da
Palavra e principalmente, no compromisso com Jesus. Que Ele seja o Senhor de
tudo. Sem medo – pois nenhuma condenação
há para os que estão Nele e Ele já nos abençoou com todas as bênçãos celestiais
(Romanos 8:1 e Efésios 1:3). Rm 6.14 e Gl 2.16 — estamos debaixo da graça e
pronto!
Sem perda de tempo, ao menos
temos no Seu amor o papel diário de aplica-lo na confissão de Fé, comportamento
e deveres. Se com tanto pecado diário, ainda estamos vivos, significa que não
somos mais condenados pela lei nem servos dela. A lei, por expressar a vontade
de Deus continua no seu papel de ensinar, mas é pela obra do Espírito Santo que
somos consolados, vivificados.
O que importa é Cristo nos amar e
por isso devemos amar como ele nos ama! Obedecer a Cristo traz prazer e vida.
Cristo é amor o cumprimento da lei!
Que o Senhor Deus tire de nós a
agressão moral, a contenda de palavras e ajude-nos a controlar os impulsos
hostis com os fariseus modernos. Que o
nosso pensamento seja representado sem ameaças, medos, mas com o Seu amor
incondicional.
Ps. De acordo com 1 Tim 5:19-20, se
errou seja quem for, vai ser questionado, repreendido sim e aos
demais está dito em Apocalipse 21.8: “Mas,
quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e
aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a
sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte”.