27/01/2013

Traição.



Irmãos,

Devemos desculpas a Deus e uns aos outros, devido o  jeito de ser, de falar e de achar...  De certo modo podemos estar causando raivas e decepções a qualquer um. E ser traído é doloroso, eu sei! 

Traição é algo que fere e nós todos já sentimos em dado momento na vida. Infelizmente por falta de reconhecimento pessoal [falha, pecado] a sociedade está banalizando demais as coisas sagradas. São valores que aos poucos são deixados de lado, onde poucas pessoas se mantêm íntegras nas suas decisões mais simples, ser sincero por exemplo. Não falo da sociedade de forma geral, mas dos que proferem a fé cristã, afinal quem já não foi traído por alguém ou por si próprio na decisão de ser seguidor de Jesus?

Diariamente deparamos com pessoas confusas, desconfiadas, orgulhosas que sempre nos contaminam com a arrogância de serem o que são onde errado é quem tenta mudá-los, esclarecer ou ajudá-los quando não conseguem reconhecer ou perdoar simplesmente... "Se você perdoar os outros os erros que fizeram a Deus, o vosso Pai celestial perdoará você. Mas se você não perdoar os outros, tampouco vosso Pai vos perdoará. "Mateus 6:14-15. Porque se a pessoa trai a Deus que tudo dá, imagina a nós que nada temos? 

"O perdão é o valor dos bravos. Somente aquele que é forte o suficiente para perdoar uma ofensa, sabe amar.”

Vejo que através da lamentável experiência de traição, somos preparados para sermos usados para consolar outros com a mesma consolação que nós recebemos de Deus (2 Co1:4). Assim, uma das maiores bênçãos da vida é aprender como amar aos inimigos e abençoar os que perseguem (Mt.5:44). E sabe o que Deus quer falar pra você com tudo isso?

Que qualquer pessoa pode trair ou decepcionar a outra, porém com a ajuda Dele, superamos a dor da decepção e traição, e não praticaremos a vingança (Rm.12:19).

Ele quer que  saibamos que não importa como, quem ou quando, ou por quanto e quais motivos se é traído, Ele deseja cuidar das feridas causadas no  coração humano e pôr um ponto final no sofrimento, ensinando assim a enfrentar essa vida para caminhar pra uma nova vida!  

Portanto, entregue o coração partido e os sentimentos a Deus. Deixe Ele o curar, cuidar, e mostrar todo o amor que Ele tem, saiba que Deus sofre com o nosso sofrer!  Está na hora de começar a viver o futuro que Ele nos reservou e esquecer as traições do passado!

O hoje é o melhor dia para perdoar e ser curado de todas as feridas. Vai imediatamente viver a vida extraordinariamente porque nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará; porque o Senhor será a tua luz perpétua, e os teus dias de luto findarão. Isaías 60:20.



25/01/2013

Ser ou estar.

Irmãos,

O que temos é o suficiente para estarmos felizes na terra já que é com Jesus que seremos felizes eternamente?

Alguém disse que ética fazemos quando está todo mundo olhando. O que você faz quando ninguém está olhando chama-se caráter... Qual caráter? De que adianta ser ético e moral disfarçando o sentimento... Sem perdoar, por exemplo, e conviver com constantes erros, culpa. Preocupação! Inimizade!

Isso significa ser feliz? Sabemos que não é possível crer em felicidade terrena originada em um caráter humano desconfiado ou infiel.

Devemos parar para perceber se o que temos tem sido o suficiente para estarmos felizes da vida. Vivemos filosofando todo o tempo e quando nos damos conta, esquecemo-nos do mais importante que é VIVER simplesmente. Afinal, ao menos, para estar Feliz é preciso querer e compartilhar o que se tem. E não é isso que temos visto.

Porque sozinhos podemos enganar a qualquer um ao lado, menos a própria consciência. Apesar dos hipócritas ainda acharem que Deus não está observando de perto as maldades e aflições que vivem e causam aos outros. Antes eu digo que o que tem faltado em muita gente é a compreensão de que nada funciona sem uma relação de reciprocidade, afinal, felicidade e paz de espirito se complementam e tanto um como outro precisam de mais de uma pessoa para estar presente, pois quem vai ver e viver e sentir a sua felicidade são os que estão em teu convívio, ao seu redor. Embora, quando se está feliz e em paz: conseguimos nos preocupar menos em disfarçar o caráter, ou a falta dele: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração" (Jo 14.27b).

Consequentemente, antes de cobrar de si próprio ou de alguém, tente o mais importante: parar e pensar e começar a entender que é preciso ter Jesus para estar feliz: Agrada-te do Senhor e Ele satisfará o desejo do teu coração.   Salmos 37.4. Portanto, atente no que pode se acabar e se perder com o tempo, e no que está dentro da gente [desejo], pode durar por muito tempo, basta querer... Ser feliz é o desejo mais profundo do coração humano.

Com isso descobrimos que teremos e de que seremos felizes se quisermos estar em Cristo, e que ter felicidade leva uma vida inteira para se conseguir, e é terrena. E vimos também que para ser feliz muitas vezes se consegue assim que se reconhece que precisamos de Cristo, obviamente, eterno. Então se algum dia alguém lhe disser o contrário, lembre-se: que a verdadeira felicidade está em Jesus. E não num profissional da fé, filosofia ou da ciência. Lemos em Judas 16a: Esses homens são exploradores constantes, eternos insatisfeitos... Salmo 1.1. Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda... Pense nisso: amadores construíram a Arca de Noé, e profissionais o Titanic!

Mateus 5.3-12

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disser todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. 

23/01/2013

Pastor ou pastores?



Irmãos,

Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. A Bíblia diz- Hb. 13.7 e 17. Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.  

Como devo tratar amar e honrar e imitar o pastor e a família dele se: Às vezes se comporta revoltados ou desobedientes ou como donos das ovelhas ou fazendo da casa de Deus um mercado gospel?

Essa prática é hipócrita e comum já que a igreja hoje é de um só pastor, e isso não tem nenhum fundamento bíblico. Mesmo que em todos os exemplos bíblicos apresente os templos tendo sempre mais de um presbítero [no plural], seja em Jerusalém, Éfeso, Filipos ou outro lugar, , eles ignorariam.

O trabalho dos pastores [presbíteros] incluíam várias funções importantes: pastorear (Atos 20:28; 1 Pedro 5:2); ensinar (Efésios 4:11-16; Tito 1:9); ser modelos (1 Pedro 5:3); presidir (1 Timóteo 5:17); vigiar (Atos 20:31); velar por almas (Hebreus 13:17); guiar (Hebreus 13:17); cuidar/governar (1 Timóteo 3:5); ser despenseiro de Deus (Tito 1:7); exortar (Tito 1:9); calar os enganadores (Tito 1:9-11); etc.

É notado também que essas passagens não falam nada sobre escolaridade, cursos superiores, cursos de teologia, diplomas, certificados de seminários, etc. embora o propósito de Deus não seja dar alguma posição de poder a algum homem, Deus tem colocado bons homens na posição de olhar por seu irmão independente do seu status intelectual.
Infelizmente muitas igrejas têm agido de forma contraria e colocado falso lideres com suas próprias concepções, deixando de lado as recomendações do evangelho: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10).

 “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim”, disse o próprio Jesus em João 10.14. Portanto, eu creio em homens imperfeitos, intitulados pastor dependente do Espírito Santo, simplesmente "humano", chamado para uma missão especifica: que apascente o povo de Cristo. Que doa e se dá em favor das almas, ainda que ame mais, seja amado menos. Que não vive maquinando o pecado; nem abriga ressentimentos contenciosos; e nem vive falando da vida alheia no púlpito, muito menos murmura contra Deus e não se alegra com a vida social e riqueza do mundo.  

Creio neste missionário que abre mão de seu emprego, de sua carreira profissional e aceita viver a vida na dependência de Deus através da fé, contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, mas possuindo tudo, 2 Coríntios 6:10). 

Então descubro que nada sei e que estou aprendendo, e aqueles que estavam ao meu redor pensavam ou ainda pensam que sabem... 

A Palavra de Deus, ao mesmo tempo em que nos aconselha a busca dos dons, adverte-nos do cuidado que devemos ter, especialmente nos últimos dias, com relação aos falsos dons. O solene conselho bíblico é: I São João 4: 1 “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes provai os espíritos, se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora.”

Pergunto: Autoridade de Deus está na religiosidade que vem dos homens?



Irmãos,

O amor de Deus, a sinceridade, a família, os amigos, completam as necessidades do homem de Deus. O verdadeiro cristão transforma os lamentos em decisões. Porque deixou a atitude passiva de lado, e assumiu para si a responsabilidade de promover mudanças não somente na própria vida, mas principalmente na vida do próximo. E quando ele falha nesse compromisso, a história bonita que ele tem com o evangelho se quebra e a sua visão fica tão deturpada principalmente porque ele passa a olhar para dentro de si cegamente [carnal] e deixa de realizar o proposito de Deus que é ajudar os que estão fora claramente [Espiritual].

A sorte é que ainda estamos vivos para entender que somos a criação valiosa de Deus. Você não acha que está na hora de parar de olhar para trás e olhar para os lados para ver quem Deus tem enviado para nos ajudar? Tem feito isto?
Se feito, então com muita paciência e amor há tempos construímos o caminho da nossa salvação. Certo? Senão, como eu faço, recomendo que faça uma limpeza interior também. Eliminando a mentira, a vaidade, a ambição, o orgulho. Em seguida assuma, reconheça que falhou. Procure uma “caverna”. Faça dela o seu lugar de descanso, conforto e recomposição. E não lamente em Cristo dizendo: estou na prova - quem planta colhe, mas com Cristo [obedecendo e seguindo] tudo nessa vida tem solução.

Deus é o artesão. Ele recupera a sua peça mais valiosa que quebrou [nós], sem duvidar que esta seja a tarefa mais importante Dele: cuidar da gente. Portanto, aconselho a aceitar se consertar aos olhos de Deus, mesmo que você ache que O tenha [pelos frutos...] e tenha que conquistá-Lo pouco a pouco. Lute contra os caminhos mundanos [status] inatingíveis, pois eles são a abertura mais fácil para a frustração que abaixa a autoestima e consequentemente cegueira na fé.

Bem como já dito que tudo tem solução, está na hora de refletir sobre a vida, familiares, amigos, na capacidade de  pensar e aprender para ensinar [ser exemplo]. Mas ainda devo lhe perguntar: Você tem [passado] credibilidade?

Portanto, não se acomode, pelo contrário melhore no que for possível sem exagerar na busca de ser perfeito em tudo. Essa busca é infinita, e você pode estar desperdiçando tempo e esforços que poderiam ser dedicados a outras atividades mais produtivas e prazerosas.

O primeiro passo é ter mais atenção nessas revelações religiosas que se perde no vento e é obra da carne, motivada por vaidade ou paranoia. Mesmo que digam: "Aqui quem manda é Deus!", "O Pastor aqui é Jesus!", "O homem aqui não é nada!"...  Será verdade? Porque na realidade a falsa modéstia está mascarada de humildade. Enfim, o Senhor nosso Deus sabe e vê!

Apesar de acharem que tenho inveja, pacto com o demônio, falta de fé, prepotência, arrogância, dureza de coração e por ai vai. Digo que: Ai do que ousar pôr em prática o texto de Jeremias 14.14[E disse-me o SENHOR: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação,...]; todo o capitulo 23 do mesmo Jeremias ou Mateus 24,23 a 28!]. É só ler porque Revelação que é revelação se cumpre e é fruto de intimidade, de ouvir a voz do Espírito Santo. Repito O Senhor nosso Deus sabe e vê tudo! "O Evangelho é o poder de Deus para a salvação por meio de Jesus Cristo". É a Boa Nova de que Jesus Cristo o Filho do Homem veio salvar o que se havia perdido (Mateus 18:11).

O Evangelho muda o ser humano por dentro por meio da presença do Espírito Santo de Deus em seu coração. Lembre-se disso sempre: Jesus é o único que pode perdoar os pecados e dar vida nova nesta vida e vida eterna no reino de Deus. "E o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (I João 1:7).

Enfim, a dica que tenho a lhe dar é que respeite a palavra de Deus que está acima de qualquer livro da lei e do conhecimento. Ela sim transforma o caráter de uma pessoa. Ela nos ensina a respeitar as opiniões de outras pessoas. Respeitar não significa que você deva concordar necessariamente com elas, mas são as pequenas atitudes que podem significar muito: seja uma aula gratuita, uma reunião com amigos, arrumação do escritório, etc.

Gostaria de vê-lo dando um passo de cada vez. Consciente e sem querer resolver tudo de uma vez, isso não é uma atitude racional. O servo de Deus não cai na tentação do emocional - estou bem, vai dar tudo certo - para esquecer os problemas e obstáculos. Pelo contrário, ele enfrenta com fé e de forma otimista, sem desdenhar ou desprezar as pessoas que Deus coloca ao nosso lado subestimando-o por qualquer motivo por acha-lo sem importância, intransponível. Saiba que os outros também veem seus defeitos e o jeito que você é e vive. E um simples muito obrigado faz a diferença e traz consideração, reconhecimento e respeito, mas sem falsidade, e fofocas e contendas e equívocos e mesmo assim se...

Você diz: "Isso é impossível" Deus diz: "Tudo é possível" (Lucas 18:27)
Você diz: "Eu já estou cansado" Deus diz: "Eu te darei o repouso" (Mateus 11:28-30)
Você diz: "Ninguém me ama de verdade" Deus diz: "Eu te amo" (João 3:16 & João 13:34)
Você diz: "Não tenho condições" Deus diz: "Minha graça é suficiente" (II. Corintos 12:9)
Você diz: "Não vejo saída" Deus diz: "Eu guiarei teus passos" (Provérbios 3:5-6)
Você diz: "Eu não posso fazer" Deus diz: "Você pode fazer tudo" (Filipenses 4:13)
Você diz: "Estou angustiado" Deus diz: "Eu te livrarei da angustia" (Salmos 90:15)
Você diz: "Não vale a pena" Deus diz: "Tudo vale a pena" (Romanos 8:28)
Você diz: "Eu não mereço perdão" Deus diz: "Eu te perdoo" (I Epistola de São João 1:9 & Romanos 8:1) Você diz: "Não vou conseguir" Deus diz: "Eu suprirei todas as suas necessidades" (Filipenses 4:19) Você diz: "Estou com medo" Deus diz: "Eu não te dei um espírito de medo" (II. Timóteo 1:7) Você diz: "Estou sempre frustrado e preocupado" Deus diz: "Confiai-me todas as suas preocupações" (I Pedro 5:7) Você diz: "Eu não tenho talento suficiente" Deus diz: "Eu te dou sabedoria" (I Corintos 1:30) Você diz: "Não tenho fé" Deus diz: "Eu dei a cada um uma medida de fé" (Romanos 12:3) Você diz: "Eu me sinto só e desamparado" Deus diz: "Eu nunca te deixarei nem desampararei" (Hebreus 13:5).


Missionário Capelão Caetan/13

19/01/2013

mansidão


Irmãos,

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra... -Mateus 5:4.
Jesus nos ensina que mansidão – é uma virtude que modera os efeitos da raiva desordenada que só tem quem em vê Nele o modelo: "Eu, o próprio Paulo, que implora pela mansidão e benignidade de Cristo" - II Coríntios 10:01 .

"Revesti-então, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, paciência”, Colossenses 3:12, portanto temos que "Vigiar e orar, para que não entremos em tentação: o espírito está pronto, mas a carne é fraca" Mateus 26:41.

Infelizmente temos visto menos mansidão e mais explosões afoitas de raiva que não repele o mal presente e nem evita ressentimento pelo comportamento do outro. "A mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei." -Gálatas 5:23. Porque as  obras da carne: imoralidade, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, rivalidade, violência, ambição, discórdias, sectarismo, porfias, ciúmes, ebriedades, orgias e todos os excessos dessa natureza. (Gálatas 5: 19).

Vemos que alguns Irmãos incorrem nesse erro, ou seja, não tem tomado cuidado espiritual, e cuidado consigo mesmo, porque ignoram que todos podem ser tentados. “-Gálatas 6:1 mas, "Com toda a humildade, mansidão e paciência, suportando uns aos outros em amor" Efésios 4:02 . Lembraremos que  esse fruto abate as tendências da carne. Sendo assim o Espírito Santo opera livremente e nos ajuda a superar a fragilidade e nos conduzirá aos outros frutos.  

Esse ato virtuoso inspirado pelo Espírito Santo produz virtudes perfeitas e tão suaves, que eu chamaria “alegria”.  A alegria vem da posse de Deus, que é nada mais do que descanso e contentamento.

Quanto mais você praticar, sua alma será santificada e mais feliz. Será curado de sua corrupção e da semente do sofrimento e seus efeitos que ficam na memória atormentando e a imagem desse descontentamento, destruindo vidas. Santificado, sai todos os tipos de confusão e medo e entra os frutos do Espírito.

Porque a santidade e felicidade são inseparáveis, porque Deus vela pelas almas santas e não para aqueles que têm sede de poder, ciência e outros encantos da imaginação humana. 

Quem possui Deus não está preocupado com nada, porque Deus é tudo para ele. Deus preenche o interior. Assim, os santos se unem a Deus em oração.

Quando a paz está bem situada no coração, a mansidão reprime a raiva, a alma permanece na intacta, sem nunca perder a sua tranquilidade. Passamos a olhar para o bem dos outros; a cuidar dos outros de forma calorosa e acolhedora, com a essência da fé: que é Jesus.

A partir disso, concluo que devemos antes amá-Lo acima de todas as coisas, muitas vezes usar a Sagrada Escritura com modéstia, gestos e palavras simples naturalmente como um fruto do Espírito, a presença de Deus.  A presença de Deus é grande luz que causa na alma e na mente uma perfeita dependência do Seu amor e com obediência, a comunhão com o próximo.

18/01/2013

“decidir” e “escolher”

Irmãos,


  Na evangelização é importante o uso de símbolos da própria cultura do evangelizado. Dizem que um missionário pregando no Alto Xingu para os índios, ao pregar sobre Daniel na cova dos leões, ele ensinava “Daniel na cova das onças” [eles não conhecem leão].
Essas figuras de linguagem  são necessárias para ilustrar verdades divinas e profundas em outras culturas. Só que infelizmente algum impregnado de egoísmo teológico ou tradição vem se colocando em posição superior aos ensinamentos bíblicos. Gerando a falsa premissa de “Pra que mudar de opinião? Eu sempre entendi dessa forma”.

Não sei se precisamos escutar estas palavras na boca de alguns cristãos, especialmente porque ela nos apresenta a realidade de um erro cometido [falta de estudo] bem como a condenação de quem estudou de fato.

Entendo que esses desavisados sabem pouco da diferença que existe em ter, ser estar e viver com Cristo. Digo que muitos mais vivem numa época marcada pela negação ou fuga da culpa, do que procurar entender a verdade bíblica que é um grande desafio terreno. Porém, muitos desses crentes acreditam que ao próprio entendimento, possuem condições para salvar a si próprio ou que colaborando com a obra de Deus tem autoridade [unção] para pregar “poder”, “riqueza” e teologia, como se isso fosse o suficiente. Esse pensamento é abominável (Rm 3.9-12; Ef 2.8-10); não há qualquer coisa que o ser humano possa fazer por si mesmo que o justifique diante de Deus (Rm 3.9-12).

O que quero dizer é que sem Cristo, por nós mesmos, atos ou intenções, não somos aceitos por Deus. Paulo diz em Efésios 2.1-9 que, sem Jesus, estamos mortos em nossos delitos e pecado, encarcerados a uma condição espiritual separada de Deus. Vivos no corpo, mortos no espírito.

Eles não veem que tem agido como uma criança que ainda necessita receber comida com ajuda e bem amassada. "Por ser um assunto difícil, inevitavelmente haverá discussões". Só que a falsa humildade leva algumas pessoas a alegar que “todo assunto que gere discussões deve ser evitado”. O tal indivíduo que toma essa atitude demonstra imaturidade e mediocridade espiritual. Entretanto, espero que ao longo do tempo ele comece a requerer essa responsabilidade para si, querer se manter com uma atitude infantil, quando na verdade já deveria ter uma atitude adulta (Hb 5.11-14).

Que isso gere resistência dentre os “irmãos”: discussões, brigas e até divisões de pensamentos com distanciamento. Mas que não despreze o irmão e deixe-o pregar o Evangelho. Por causa de algumas denominações que omitem ou censuram de maneira dissimulada aqueles que discernem diferentes, causam desgastes na imagem da “igreja de Cristo e não do ímpio. Os que não veem que tem aparência de arrogância procure verificar se só tomam posição teológica, pois isso é considerado altivez, porfia. Para evitar esse tipo de rótulo, muitos deveriam se firmar primeiro na posição de santidade para firmarem em seguida na teológica. Porque a teologia é relativista, e se adapta às circunstâncias.

Tristemente presenciamos essa atitude em pessoas que se esquivam das responsabilidades cristãs diariamente, quando tentam tornar o evangelho algo aceitável e agradável aos incrédulos, contrariando as Escrituras (Mt 10.32-39; Lc 12.51-53; Jo 15.18-21; 2Tm 4.1-5).

O falso entendimento leva ao falso entendimento das demais doutrinas cristãs. Aquele que crê na soberania de Deus compreende que a salvação pertence ao Senhor (Jn 2.9) e que apenas podemos cooperar para que isso se torne realidade na vida de alguém. Basta mostrarmos através dos frutos da conversão em Cristo que possuindo a liberdade de escolher Deus, estamos à mercê da Sua decisão, crendo no ensino das Escrituras [A ti te foi mostrado para que soubesses que o SENHOR é Deus; nenhum outro há senão ele]. (Dn 4.35); o controle absoluto de Deus deixa Seus eleitos debaixo de uma confiança inigualável, visto que Deus é Soberano para salvar bem como para preservar os escolhidos (Jo 10.27-29; Rm 9.15-16, 22-24); Porque Ele nos dá a absoluta segurança de salvação e não os pastores ou igrejas. Enfim, a Escritura deve ser reconhecida como totalmente inspirada, tendo todos os seus ensinamentos o objetivo de dar maturidade aos filhos de Deus (Sl 19.7-11; 119; 2Tm 3.16-17).

Não há nada que o crente possa fazer que saia do controle divino. Portanto, ”... a fé em Cristo é o único caminho para salvação, e é Deus quem escolhe a quem concede fé e arrependimento, segue-se que é Ele quem escolhe aqueles que recebem a salvação, e não os próprios indivíduos [nós mesmos]. Pois ninguém sob o domínio do pecado pode simplesmente “decidir” ficar livre dele sem a intervenção divina, e nem a pessoa que “escolhe” ficar liberta sem que tenha uma intercessão”.

A salvação é totalmente de Deus, de modo que ninguém pode se orgulhar de suas obras ou mesmo de seu “bom senso” no que tem “escolhido e crido” (João 15.16; Efésios 2.8). Mesmo após alguém haver “aceitado” Jesus, é Deus quem efetua tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele (Filipenses 2.13).
Fomos justificados em Cristo e por Cristo (Rm 3.21-26; 2 Co 5.21). Por meio de Cristo fomos reconciliados com Deus. Por isso, vivamos a nossa salvação em Cristo como a certeza de que, agora e para todo o sempre, teremos acesso a Graça Deus (Hb 10.19-23; Rm 5.1,2). Hoje podemos ter um relacionamento íntimo e pessoal com Ele, sem nenhum empecilho ou limitações. Já não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo (Rm 8.1).

E não permita que a remissão do pecado que muda a nossa história pessoal e de alguém “caia na rotina”, pois é por assim [arrependimento de pecado] que chegamos a Jesus, que nos tornou  livres da culpa do pecado e da separação de Deus pela graça então agradeça a Jesus por sua salvação. É Nele e por Ele...

FIGURAS DE LINGUAGEM

1.                  Símile.
            É uma comparação em que uma coisa lembra outra explicitamente (usando como, assim como, tal qual e tal como). Pedro usa um Símile ao escrever: “... toda carne é como a erva...” (1 Pe 1.24). Jesus também utiliza no relato de Lucas: “... Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (Lucas 10:13). No Salmo 1 também vemos o mesmo: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas” (v 3) e “ são [...] como palha” (v 4). A dificuldade dos símiles é descobrir as semelhanças entre os dois elementos. Em que aspecto o homem é como a erva? Em que sentido os discípulos de Jesus eram como cordeiros? De que forma o cristão é como uma árvore e o ímpio como a palha?

2.                  Metáfora.
            É uma comparação em que um elemento é, imita ou representa outro (sendo que os dois são essencialmente diferentes). Numa metáfora, a comparação está implícita, ao passo que um símile é visível.
Uma pista para identificar uma metáfora é que os verbos “ser” e “estar” sempre são empregados. Temos um exemplo disso em Isaías 40.6: “Toda a carne é erva”. Note que essa frase difere daquela de 1 Pe 1.24: “ Toda a carne é como erva”. (Um símile sempre traz a conjunção como ou outras.) o Senhor disse para Jeremias: “ O meu povo tem sido ovelhas perdidas” (Jr 50.6). O Senhor comparou seus seguidores ao sal: “ Vós sois o sal da terra” (Mt 5.13). Eles não eram sal de verdade; estavam sendo comparados ao sal.
Quando Jesus afirmou: “ Eu sou a porta” (Jo 10.7,9), “ Eu sou o bom pastor” (vv 11, 14) e “ Eu sou o pão da vida” (6.48), ele estava fazendo comparações. Em certos aspectos, ele é como uma porta, como um pastor e como um pão. O leitor é levado a pensar de que forma Jesus assemelha-se a tais elementos.

3.                  Hipocatástase.
            Esta figura de linguagem, não tão conhecida, também faz uma comparação em que a semelhança é indicada diretamente. Quando Davi disse: “cães me cercam...” (Sl 22.16), estava referindo-se a seus inimigos, chamando-os cães. Os falsos mestres também são chamados cães, em Filipenses 3.2, e lobos vorazes, em At 20.29. As diferenças entre um símile, uma metáfora e uma hipocatástase podem ser identificadas nas seguintes frases:

Símile: “Vocês, ímpios, são como cães.”
Metáfora: “Vocês, ímpios, são cães.”
Hipocatástase: “Seus cães.”

            Em João 1.29, João Batista fez uso de hipocatástase: “...Eis o cordeiro de Deus...”. Se ele tivesse dito: “Jesus é como cordeiro”, estaria usando um símile. Mas se tivesse dito: “Jesus é um cordeiro”, estaria usando uma metáfora. Quando Cristo disse a Pedro: “...Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.17), ele chamou seus seguidores de ovelhas, usando uma hipocatástase.

Figuras de Linguagem que Encerram Substituição:
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4.                  Metonímia.
            A metonímia consiste em substituir uma palavra por outra. Quando dizemos que o Congresso tomou uma decisão, estamos referindo-nos a deputados e senadores. Substituímos os deputados e os senadores pela estrutura política que dirigem. Na afirmação: “A pena é mais forte do que a espada”, queremos que o que se escreve (a pena) surte mais efeito do que o poderio militar (a espada).
Na Bíblia, existem pelo menos três tipos de metonímia.
A – A causa é usada em lugar do efeito. Os opositores de Jeremias disseram: “... Vinde, firamo-lo com a língua...” (Jr 18.18). Como seria absurdo produzir ferimentos com a língua, é óbvio que eles estavam referindo-se a palavras. A língua era a causa, e as palavras o efeito.
B – O efeito é usado em lugar da causa. Davi disse: “Eu te amo, ó Senhor, minha força” (Sl 18.1). A força (efeito) é empregada em lugar da causa (o Senhor).
C – O objeto é empregado em lugar de outro semelhante ou que está a ele relacionado. Quando Paulo disse: “Não podeis beber o cálice do Senhor...” (1 Co 10.21), estava referindo-se ao conteúdo do cálice, não ao cálice em si.
Quando Jesus disse: “Se uma casa estiver dividida contra si mesma, tal casa não poderá substituir” (Mc 3.25), é claro que ele não estava falando de uma casa de verdade; referia-se à família que mora na casa.

5.                  Sinédoque.
            É a substituição da parte pelo todo, ou do todo pela parte. César Augusto emitiu um decreto de que deveria ser feito o censo de “todo o mundo” (Lc 2.1; ARC). Ele falou do todo, mas estava referindo-se apenas a uma parte – o Império Romano. É óbvio que Provérbios 1.16 – “...os seus pés correm para o mal...” – não significa que somente os pés deles correm. Os pés são a parte que representa o todo – eles.
            A palavra grega, em Romanos 1.16, diz respeito a todos os gentios. O Senhor disse: “... eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra...” (Jr 25.29). A espada é a parte que representa o todo – uma catástrofe. Priscila e Áquila “arriscaram as suas próprias cabeças “ (Rm 16.4) por Paulo. Nesta sinédoque, “suas cabeças”, a parte representa suas vidas, o todo.

6.                  Merisma.
            É um tipo de sinédoque em que a totalidade ou o todo é substituído por duas partes contrastantes ou opostas. Quando o salmista escreveu: “ Sabes quando me assento e quando me levanto...” (Sl 139.2), ele não estava limitando o conhecimento do Senhor aos momentos em que ele se sentava e se levantava. Pelo contrário, estava dizendo que o Senhor conhecia todos os seus movimentos.
7.             Hendíade.
          Consiste na substituição de um único conceito por dois termos coordenados (ligados por “e”) em que um dos elementos define o outro. A palavra hendíade vem de grego hem (um), dia (por meio de) e dis (duplo). “O sacrifício e serviço”, de Filipenses 2.17, deve significar “serviço com sacrifício”. Da mesma forma, quando os apóstolos falaram deste “ministério e apostolado”, estava referindo-se a este “ministério apostólico” (At. 25).

8.             Personificação.
          O que ocorre aqui é a atribuição de características ou ações humanas a objetos inanimados, a conceitos ou a animais. A alegria é uma emoção atribuída ao deserto, em Isaías 35.1: “O deserto e a terra se alegrarão...”. Isaías 55.12 fala de montes e outeiros entoando cânticos e de árvores batendo palmas. A morte personifica-se em Romanos 6.9 e em 1 Coríntios 15.55.

9.             Antropomorfismo.
          Consiste na atribuição de qualidades ou ações humanas a Deus, como ocorre nas referências aos dedos de Deus (Sl 8.3), a seus ouvidos (31.2) e a seus olhos (2 Cr 16.9).

10.         Antropopatia.
          Esta figura de linguagem atribui emoções humanas a Deus, como vemos em Zacarias 8.2: “...tenho grandes zelos de Sião”.

11.         Zoomorfismo.
          Se o antropomorfismo atribui características humanas a Deus, o zoomorfismo atribui características animais a Deus (ou a outros). São maneiras expressivas e originais de salientar certos atos e qualidades do Senhor. O salmista disse:”[Deus] Cobrir-te-á com as sua penas, sob suas asas estarás seguro...” (Sl 91.4). A imagem que vem á mente dos leitores é de pintinhos ou passarinhos protegidos debaixo das asas da galinha ou do pássaro-mãe. Jó descreveu o que considerou ser a ira de Deus contra ele quando disse: “[Deus] contra mim rangeu os dentes...” (Jó 16.9).

12.         Apóstrofe.
          Consiste numa referência direta a um objeto como se fosse uma pessoa, ou a uma pessoa ausente ou imaginária como se estivesse presente. Na personificação, o escritor fala de um objeto como se fosse uma pessoa, enquanto na apóstrofe ele fala com o objetivo como se fosse uma pessoa. Quando o salmista falou com o mar: “que tens, ó mar, que assim foges?...” (Sl 114.5), empregou uma apóstrofe. Mas, num versículo anterior, quando falou sobre o mar (“o mar viu isso, e fugiu”, v.3), fez uso da personificação. Ás vezes os profetas convocam a terra para servir de testemunha do pecado de Israel e de outras nações. Miquéias fala diretamente á terra, em Miquéias 1.2: “Ouvi, todos os povos, prestai atenção, ó terra...”. Em Salmos 6.8, o salmista fala como se seus inimigos estivessem presentes: “Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniqüidade...”.

13.         Eufemismo.
            Consiste na substituição de uma expressão desagradável ou injuriosa por outra inócua ou suave. Falamos da morte mediante eufemismos: “ele passou para outro lado”, “bateu as botas” ou “foi para uma melhor”. A Bíblia fala da morte dos cristãos como um adormecimento (At 7.60; 1 Ts 4.13-15).

As Figuras de Linguagem que Encerram Omissão ou Supressão:

14.              Elipse.
            É a omissão de uma palavra ou palvras cuja falta deixa incompleta a estrutura gramatical. Ás vezes um adjetivo ligado a um substantivo vem substituir ambos. Em português “a capital” significa “a cidade capital”. “Os dozes” representa “os doze apóstolos” (i Co 15.5). Em 2 Timóteo 4:18, temos, literalmente: “O Senhor [...] me preservará para o seu reino celestial”. A idéia parece ser que o Senhor preservaria Paulo e o conduziria para seu reino celestial. As palavras “me levará” precisam ser introduzidas pelo leitor para completar a estrutura gramatical da frase.

15.              Zeugma.
            Consiste na associação de dois substantivos a um mesmo verbo, quando pela lógica o verbo só pede um substantivo. A tradução literal de Lucas 1.64 diz assim: “Sua boca se abriu e sua língua”. Mas as versões em nosso  idioma acrescentaram “desimpedida” antes de “língua”, para que ficasse mais bem escrito.

16.              Reticência.
            È uma interrupção repentina do discurso, como se o orador não tivesse podido terminá-lo. Moisés, ao confessar os pecados do povo, disse: “Agora, pois se perdoasses o seu povo... Se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste” (Êx 32.32 Bj). Ele não concluiu o seu pensamento na primeira parte da frase (“agora, pois se perdoasses o seu pecado”), provavelmente por ter ficado emocionado. Paulo não concluiu o pensamento em Efésios 3.1, 2; “Por essa razão, eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo por amor de vós, os gentios... Certamente sabeis da dispensação da graça...”. O Senhor também interrompeu uma frase quando chorou por Jerusalém (Lc 19.42). Deve ter sido a emoção do momento que o levou a interromper a declaração.

17.              Pergunta retórica.
            Uma pergunta retórica é aquela que não exige resposta; seu objetivo é forçar o leitor a respondê-la mentalmente e avaliar suas implicações. Quintiliano (35-100 d.C.), retórico romano, afirmou que as perguntas retóricas aumentam a força e a irrefutabilidade da prova. Quando Deus perguntou a Abrão: “Acaso para Deus há cousa demasiadamente difícil? ...” (Gn 18.14), ele não esperava ouvir uma resposta. A intenção era que o patriarca a respondesse mentalmente.
            Paulo fez uma pergunta retórica em Romanos 8.31: “...Se Deus é por nós, quem será contra nós?”. Essas perguntas retóricas são formas de transmitir informações.
            Às vezes uma pergunta retórica dirigi-se justamente a quem a fez, como aconteceu em Lucas 12.17, quando o homem rico pensou consigo mesmo; “...Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?”. Quando Jesus perguntou às multidões: “...Saístes com espadas e cacetes para prender-me, como a um salteador?” (Mt 26.55), a pergunta tinha por objetivo fazê-los entender que ele não era um salteador.
            Às vezes se faz uma pergunta retórica com o fim da repreensão. Elas também levam os ouvintes ou leitores a pensar. Por exemplo, Jesus perguntou aos discípulos: “...Por que sois assim tímidos? Como é que não tendes fé?” (Mc 4.40). Ele os repreendeu com essas perguntas por estarem com medo e não terem fé. As palavras de Jesus para os sonolentos discípulos no Getsêmani – “...Ainda dormis e repousais!...” (14.41) – foram uma repreensão pelo fato de estarem dormindo. Quando se interpreta a Bíblia, é importante estar atento às pergunta retóricas, e reparando como estão sendo empregadas e que idéias transmitem.

Figuras de Linguagem que Encerram Exageros ou Atenuações:

18.              Hipérbole.
            É uma afirmação exagerada em que si diz mais do que o significado literal com o objetivo de ênfase. Quando 10 dos espias israelitas apresentaram o relatório da incursão à Canaã, realmente chegavam aos céus; estavam apenas dizendo que eram descomunalmente altas. O salmista valeu-se da hipérbole para acrescentar ênfase quando escreveu: “...todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago” (Sl 6.6). A Bíblia de Jerusalém expressa a idéia da hipérbole numa linguagem um pouco mais literal: “...de noite eu choro na cama, banhando meu leito com lágrima”. Até mesmo esse linguajar mais suave, porém, é hiperbólico. Davi estava chorando muito, mas com certeza não a ponto de sua cama nadar ou ficar encharcada.
            Depois de Davi ter matado Golias, as mulheres de Israel vieram ao encontro do rei Saul cantando: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1 Sm 18.17). É evidente que Davi não tinha matado dez vezes mais pessoas que Saul; Davi só havia matado uma pessoa. No entanto, a derrota de Golias foi relatada por meio de uma hipérbole que ressaltava o grande significado daquela vitória contra o gigante filisteu.
            As hipérboles são recursos literários para refletir o que os escritos queriam transmitir. As hipérboles são um erro? Seu uso condiz com a inerrância das Escrituras? Se os autores que empregaram hipérboles estavam dizendo mais do que pretendiam, devemos entender isso como vimos nos exemplos em geral o leitor as entende imediatamente como afirmações exageradas que visam à ênfase e ao impacto. Assim sendo, ele não fica confuso.

19.              Litotes.
            Consiste numa frase suavizada ou negativa para expressar uma afirmação. É o oposto da hipérbole. Quando dizemos “Ele não é um mal pregado”, queremos dizer que ele é um pregador muito bom. A atenuação confere ênfase. Quando Paulo disse: “... Eu sou Judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante...” (At 21.39), quis dizer que Tarso era na realidade uma cidade importante.
            Às vezes uma litotes é uma frase de depreciação, como vemos em Números 13.33: “Éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos, e assim também o éramos aos seus olhos”. Paulo depreciou a si mesmo com uma litotes, em 1 Coríntios 15.9: “Porque eu sou o menor dos apóstolos...”. Essa declaração de autêntica humildade foi feita para salientar a graça de Deus em sua vida, como pecador que não a merecia.

20.              Ironia.
            A ironia é uma forma de ridicularizar indiretamente sob a forma de elogio. Com freqüência vem marcada pelo tom de voz de quem fala, para que os ouvintes a percebam. Por isso, às vezes é difícil saber se uma declaração escrita deve ser considerada ironia. Mas normalmente o contexto ajuda a mostrar se é ou não uma ironia. Mical, a filha de Saul, disse a Davi: “...Que bela figura fez o rei de Israel...” (2 Sm 6.20). O versículo 22 indica que o sentido era oposto, ou seja, que ele havia-se humilhado ao agir de maneira indigna, no entender de Mical.  Às vezes a ironia vem acompanhada de humor, como no caso em que Elias zombou dos profetas de Baal: “Clamai em altas vozes, porque ele é deus!” (1 Rs 18.27). É claro que Elias não acreditava que o falso deus Baal realmente existisse. Ele fez um elogio a Baal em tom de ironia para incitar os profetas a orarem ainda mais alto. Isso reforçou o fato de que aquele deus falso, ao contrário de IAVÉ, o Deus verdadeiro, nem sempre ouvia seus adoradores.
            Além da ironia verbal a também a ironia dramática. Essa diz respeito à uma situação oposta a que se espera ou à que deve ser. Por exemplo, uma ironia dramática é o fato de Eliú – mais jovem que Jó e seus três amigos – aparentemente ter maior percepção da situação de Jó do que os três senhores. Isso contraria as expectativas. E também, depois de lermos sobre a integridade de Jó (Jó 1.1,8; 2.3), ficamos alarmados quando vemos as calamidades por que passou. Parece justamente o oposto do que o leitor acharia por certo encontrar.
            Os termos ironia sarcasmo costumam ser usados indistintamente, porque a ironia em geral apresenta um tom de sarcasmo. Mas normalmente o sarcasmo é mais forte. Por ser mais ácido, é próprio de ofensas, da crítica mordaz. Já a ironia é uma forma mais sutil de ridicularizar.

21.              Pleonasmo.
            Consiste na repetição de palavras ou no acréscimo de palavras semelhantes, que em nossa língua parecem redundantes. Jó disse para Deus: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi” (Jó 42.5, ARC). Nesta figura de linguagem, as palavras ouvir, ouvidos e ouvi são uma redundância na língua culta. Por isso a ARA traduz assim o versículo: “Eu te conheci só de ouvir”. No grego, Atos 2.30 quer dizer literalmente “Deus lhe havia jurado com juramento”. Como para nós seria uma repetição desnecessária, a ARA diz: “...Deus lhe havia jurado...”. Outro exemplo é a afirmação de Mateus de que os sábios “alegraram-se com grande e intenso júbilo” (Mt2.10). A idéia é que estavam exultantes. “Ele respondeu e disse” é um pleonasmo, como também é “elevou os olhos e viu”.

Figuras de Linguagem que Encerram Incoerências:

22.              Oxímoro.
            Consiste na combinação de termos opostos ou contraditórios. O termo oximoro vem de duas palavras gregas: oxu (“esperto”) e moros (“burros”). Como alguns exemplos, temos: “silêncio eloqüente”, “covarde valentia”, “inocente culpa” e “cópia original”. No primeiro exemplo, apesar de o silêncio não ter eloqüência, está tão evidente que é como se tivesse. Pedro fez menção das “dores de parto da morte” de Jesus (grego literal, At 2.24; a ARA registra “grilhões da morte”) . Em outras palavras, a morte de Jesus foi tão dolorosa quanto um parrto. Apesar de “dores de parto” e “morte” serem experiências opostas raramente associadas, são aqui relacionadas para retratar com maior força a morte do Senhor. A “glória “dos inimigos de Cristo está “na sua infâmia” (Fp 3.19).
            Glória e infâmia normalmente não se associam, mas Paulo utilizou esta combinação na frase para retratar com vividez o fato de que eles se gabavam de coisas das quais deviam envergonhar-se . “Sacrificios vivos” (Rm 12.1) é mais um oximoro bíblico.

23.              Paradoxo.
            Paradoxo é uma figura aparentemente absurda ou contrária ao bom senso. Um paradoxo não é uma contradição; é simplesmente algo que parece ser o oposto do que em geral se sabe. Parece um paradoxo o fato de Jesus dizer: “...quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, salvá-la-á” (Mc 8.35). Geralmente, quando alguém perde alguma coisa, não a salva a mesmo tempo. É claro que Jesus falou desse modo para enfatizar que, quando alguém faz sacrifícios por ele, de fato experimenta uma vida mais completa e agradável.

Figuras de Linguagem que Encerram Sonoridade:

24.              Paronomásia.
            Consiste no emprego das mesmas palavras ou de palavras de sons semelhantes para produzir sentidos diferentes. Uma paronomásia às vezes é chamada de “jogo de palavras” ou “trocadilho”.
            Jesus disse para certa pessoa: “...Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mt 8.22). “Mortos” aqui têm dois sentidos: o primeiro significa aqueles que estão espiritualmente mortos, e o segundo, os que experimentaram a morte física. A palavra casa é utilizada de duas formas em 2 Samuel 7. Davi queria construir uma casa para o Senhor (v. 5, um templo). Deus disse-lhe que Le não teria essa oportunidade, mas que ele próprio haveria de construir-lhe uma casa, ou seja, a dinastia de Davi (v.11).
            Às vezes os autores do Novo Testamento empregavam palavras que começavam com as mesmas letras. Chama-se a isso aliteração. Lucas 21.11 fala de fome (loimoi) e epidemias (limoi).

25.              Onomatopéia.
            É uma palavra cuja pronúncia imita o som da coisa significada. Existem muitas palavras assim: murmúrio, sussurro, cicio, chiado, tique-taque, etc. O verbo lançar, em Jó 9.26, é um caso de onomatopéia no hebraico. O verbo hebraico é û, cuja pronúncia é como o som da águia (ou do falcão peregrino) quando se lança sobre a presa a uma velocidade elevadíssima.  O termo hebraico para “botija”, em Jeremias 19.1,10, é baqbuq, cuja pronúncia é como o som de água gorgolejando de uma botija. Jeremias também empregou esse termo como uma paranomásia, pois, no versículo 7, a palavra para “ruína” ou “arruinarei”, conforme se encontra na NVI, é baqaq, cujo som é semelhante ao da palavra que tem o significado de botija. Algumas vezes, duas figuras de linguagem se misturam. Quando Miquéias escreveu: “...prestai atenção, ó terra...”(1.2), ele usou uma  apóstrofe, pois referiu-se á terra como se estivesse presente, e uma personificação, pois atribuiu-lhe o sentido humano da audição. Essas mesmas duas figuras de linguagem aparecem em Salmos 114.5: “Que tens, ó mar...”?

13/01/2013

É tempo de fazer um balanço.




Devemos olhar para trás com gratidão, para o presente com súplicas e para o futuro com esperança. O Salmo 126 ajuda-nos nesse exercício. 

Em primeiro lugar, devemos olhar para o passado com gratidão (Salmo 126.1-3). Depois de setenta anos de escravidão na Babilônia, Israel voltou à sua terra. Deus tirou o povo do cativeiro com mão forte e poderosa. Essa libertação produziu ditosa exultação entre o povo e impacto entre as nações. Quando olhamos, também, para o passado, notamos que Deus nos tirou da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz e da morte para a vida. Deus quebrou o nosso jugo e despedaçou nossas algemas. Jesus Cristo redimiu-nos de um terrível cativeiro. Éramos escravos do diabo, do mundo e da carne. Vivíamos debaixo de cruel opressão. Porém, Cristo nos libertou e hoje somos livres. Pertencemos à família de Deus. Somos herdeiros de Deus e estamos assentados com Cristo nas regiões celestes, acima de todo principado e potestade. Há um cântico em nossos lábios e uma festa em nossa alma.

Em segundo lugar, devemos olhar para o presente com súplicas (Salmo 126.4). O salmista voltou os olhos do passado para o presente e percebeu que as vitórias do ontem não servem para nos manter de pé hoje. O mesmo salmista que estava exultante com a libertação do cativeiro, agora, ao contemplar a realidade presente, clama: "Restaura, Senhor, a nossa sorte com as torrentes do Negueve". O passado de glória tinha se transformado num deserto cinzento. As vitórias do passado não eram suficientes para torná-lo vitorioso no presente. Todo o dia é tempo de andar com Deus. Todo dia é tempo de ser cheio do Espírito. Não podemos viver do passado nem morar na saudade. Precisamos depender de Deus a todo tempo, o tempo todo. Mais do que isso, é preciso saber que não temos forças para restaurar nossa própria sorte. Só Deus pode restaurar nossa vida. Só Deus pode aprumar nossos joelhos trôpegos. Só Deus pode nos encher de entusiasmo, quando nossa alma parece um deserto árido. Aprendemos com isso, porém, que a crise não é o fim da linha. A sequidão de nossa vida não deve nos levar ao desespero, mas à súplica ardente. A consciência da crise espiritual pode nos levar aos pés do Senhor para uma virada bendita em nossa história. Somente o Senhor tem poder para nos restaurar. Só dele vem a nossa cura. Essa restauração é uma obra milagrosa. Assim como os rios invernais rasgam as areias escaldantes do deserto do Negueve, o maior deserto da Judéia, Deus também, faz nossa alma florescer em tempos de sequidão. Ele mesmo nos concede um novo vigor espiritual e transforma nossos vales em mananciais cheios de vida!

Em terceiro lugar, devemos olhar para o futuro com esperança (Salmo 126.5,6). Depois de olhar para o passado com gratidão e para o presente com súplicas, o salmista, agora, olha para o futuro com esperança. O amanhã será de semeadura e investimento. A semeadura exige desinstalação e ação. É preciso sair para semear. A semeadura exige abnegação e sacrifício, pois além de sair, o semeador anda e chora, regando o solo duro com suas lágrimas. Se a semeadura é regada de lágrimas, a colheita certa é feita com júbilo. A recompensa da colheita é maior do que o sacrifício da semeadura. Fazer a obra de Deus é investir para a eternidade. É realizar um trabalho de consequências eternas. Não devemos afrouxar nossos braços nessa bendita peleja. É hora de arregaçarmos as mangas e trabalharmos com mais fervor. O tempo urge. A noite se aproxima. Então, não haverá mais tempo de semear. Hoje, Deus nos convoca para sermos seus cooperadores. Concede-nos a graça de investirmos nosso tempo, bens, talentos e dons em seu trabalho. Portanto, levantemo-nos, irmãos, e coloquemo-nos a seu dispor. O Deus da nossa salvação e da nossa restauração, agora, nos alista em seu trabalho. Mãos à obra, sem esmorecer. Lança a semente, com a certeza de que o crescimento, Deus mesmo nos dará.

07/01/2013

Eu sou feliz & não sabia


Irmãos,

"O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará" (Salmos 23:1).

Embora, muitos unidos quererem pensar positiva e reflexivamente, acham que com dinheiro  podem mudar vidas, pessoas. Outros buscam  na ciência o conhecimento para um ar mais puro no mundo cuja felicidade está na razão e no ecumenismo religioso...

Ambos querem obviamente, que a felicidade seja melhor que a angústia, e a riqueza melhor que a pobreza para todos, mas a salvação eterna não é melhor que a perdição? Afinal, o que é a riqueza, felicidade sem a salvação?

A resposta seria simples se nenhum desses homens se matassem; ou nenhum desses estudiosos enfrentassem lutas; ou nenhum milionário fosse infeliz. Portanto, pra felicidade e riqueza, não basta um sorriso e tampouco muito dinheiro e a ciência bem... essa não salva ninguém.

A riqueza não é “Ser rico” financeiramente, mas "estar rico" é ter Jesus Cristo como Senhor e Salvador, habitando no nosso coração. Sua riqueza garante ter uma vida de união amistosa com a família e com as pessoas ao redor com pouco dinheiro - recursos, além de nos acalmar com uma paz consciente, a saber, que aqui na terra tudo é passageiro e que temos uma morada preparada no céu para aqueles que cujo nome está escrito no Livro da Vida. O Senhor Jesus quer que  vivamos no amor e na tranquilidade do espirito até que o fim aconteça.  

Vamos confiar no Senhor que nos prometeu grandes vitórias sem temer o mal? "O temor do SENHOR encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e não o visitará mal nenhum" (Provérbios 19:23). Ele está conosco! Ele segue ao nosso lado! Ele nos estimula nos momentos de incertezas e fraquezas. 

A partir do momento que Jesus participa da nossa vida, a alegria se torna completa e não necessitaríamos de mais nada.  Certamente as nossas angustias terão fim e conseguiremos esperar a vontade e o tempo do Senhor alegremente. 

E se Deus quiser te dar algo mais, louve o Seu nome e fique contente. Se não quiser, louve da mesma forma. Mas que tudo aconteça na hora certa, por uma humilde determinação, pela maravilhosa graça de nosso Deus.

 Paz abençoadora galera!

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